A SERVIDÃO MODERNA – A ESCRAVIDÃO FINANCEIRA E A MENTIRA ESSENCIAL


Em nossa “educação”, que na
verdade não é educação mas doutrinamento para nos tornar “obedientes”,
“adequados” e “colaboradores” de um sistema injusto, perverso e homicída
onde menos de 1 por cento controla e decide sobre a vontade de 99 por
cento, nos ensinam que o certo é o “errado” (ou o impossível),
que o errado é o “certo” e que o duvidoso, representado pelas energias
da curiosidade, da busca pelo desconhecido, da capacidade de
materializar desejos e sonhos e de todos os aspectos da realidade que
formam a parte onírica, mental, artística, livre, abstrata e sutil de
nossos seres é apenas “hipotético” e deve sempre ser desconsiderado,
quando não rechaçado e ridicularizado. Para
isso trabalham a comunidade científica e sua pseudo-ciência. Para isso
trabalham os políticos e os bancos. Para fazer com que apenas uma forma
de realidade seja impregnada em nossas mentes como a “única possível”. Para nos convencer de que habitamos uma realidade sólida,
material, conectada com 5 sentidos cerebrais e que essa é a única
realidade possível, uma vez que os “cientistas” pesquisam e “não
encontram nada”, que confirme outras formas de realidade.
Nos ensinaram que a “escravidão” é coisa que só acontece com “negros” e
bem longe das cidades. Nos ensinaram que a “escravidão” acabou através
de “Leis” como no Brasil a “Lei Aurea” de 1888, que as Elites criaram
para nos “proteger” e permitir a “Igualdade” a “Liberdade”, a
“Fraternidade” e a “Evolução”.
Essa não é a Verdade
sobre o que acontece em nosso planeta. Nunca houve tantos escravos no
mundo como existem hoje. Com a diferença fundamental de que os escravos
de antes, através de sua cor de pele, condições sociais e outros
fatores, sabiam que eram escravos.
Os Escravos de hoje são piores, por que não conseguem ver, sentir,
cheirar, perceber, compreender seu verdadeiro cárcere e sua verdadeira
situação no que diz respeito a escravidão. Uma vez que foram programados
para crer (e crêem) que são apenas uns corpos materiais, não conseguem entender e pior: Ridicularizam o fato de que são escravos mentais.
Somos Seres Humanos Escravos que
tiveram seus campos psíquicos colonizados por valores publicitários,
por crenças religiosas, por dogmas científicos, que nos convenceu de que
a existência baseada em “emprego”, aquisição de “bens” de consumo e
manutenção de diferentes mentiras de todos os genêros em diferentes
graus e em todos os setores de nossa existência é a melhor forma de se
coexistir e conhecer a si mesmo. 

Aliás, a maioria das pessoas que se identificam com essa descrição de
personalidade e existência, crêem que algo como “conhecer si mesmo” é
utópico uma vez que estão convencidos que todos os seres humanos sentem e
percebem as mesmas coisas através dos mesmos sentidos cerebrais.
Nosso planeta (ou o raio de frequência material dele que habitamos),
como nós é uma massa cheia de vida espírito e consciência. Não temos
como destruí-lo sem antes destruirmos nós mesmos. E se destruímos nós
mesmos, automaticamente estamos destruindo ele, da mesma maneira que
células cancerosas destroem células sadias. Por isso no tempo em que
vivemos, nossa alimentação, nossos conceitos de diversão, toda a nossa
forma de existência, são em verdade lentas formas de suicídio. Que fazem
com que um corpo perfeito que poderia viver de maneira praticamente
eterna, ou ainda que não pudesse ser eterno, poderia prolongar sua
existência por 200, 500, 1000 anos, seja reduzida a menos de 100 anos em
média.
É apenas sua mente e seu sistema de crenças que afirma para você que você não pode existir, sem ter a necessidade de morrer, por que a morte em verdade não existe.
Nosso corpo pode “morrer”, destruír-se ou acabar incinerado no fogo, mas
uma vez que nós não somos esses corpos e sim as consciências que o
habitam, continuamos a existir em outras faixas de frequência.
Todas as culturas que habitaram o planeta terra confirmam isso seja
através de suas tradições, seja através de suas heranças bibliográficas
ou de seus conhecimentos milenares.
A única cultura que diz que “não”, é nossa cultura atual, que baseada em
uma medicina de menos de 800 anos e em uma comunidade científica de de
menos de 200, usa procedimentos doutrinários e dogmáticos científicos
para afirmar que somos apenas “Matéria Sólida”, que todas as culturas do
passado estavam baseadas em “mitologias” e não em conhecimentos. Que o
Homem antigo era irracional e acreditava em “mitos”.
E assim fomos caminhando ao longo dos últimos 12 mil anos. Destruímos
uma sociedade esférica a imagem e semelhança do planeta terra para
formar uma sociedade em formato de pirâmide, o que de fato se expandiu
desde a que queda do império sumério-babilônico até o antigo egito e
graças a nossa ignorância se perpetua até hoje.
As mentiras que nos
permitem sustentar a evolução dessa sociedade pirâmidal é tão genial e
estruturada que nos recusamos a aceitar que são apenas mentiras e pior:
Nutrimos como a única e melhor possibilidade.
Disse um grande dramaturgo: “Que época é essa em que idiotas dirigem Cegos”.
E assim é exatamente como a raça humana segue na busca incessante de
saciar instintos de prazer como referência de “felicidade” e negar
instintos de dor e sofrimento como referência de “infelicidade”. Somos cegos.
Não sabemos nada sobre o que passou, sobre o que passa. Não percebemos
no que a cada dia vamos nos transformando, não queremos saber o quanto,
menos ainda de que somos cúmplices, desde que possamos ter as
expectativas de nossas programações mentais supridas e acalmadas.
“A servidão Moderna é uma escravidão Voluntária, aceita por essa
multidão de escravos que se arrastam pela face da terra”. Esses compram
as mercadorias que os escravizam e correm atrás de trabalhos que os
tornam cada vez mais alienados, cada vez mais distantes de si mesmo, da
natureza e de diversas formas de percepção e existência que jamais
tiveram contato e por isso crêem “não existir”.
Guy Debord em seu Livro “A Sociedade do Espetáculo” nos ensina que: “O
Urbanismo e a cultura metropolitana é a tomada, o roubo de nossos meios
ambientes naturais e humanos pelo sistema capitalista que, ao
desenvolver-se em sua lógica de dominação absoluta onde o lucro é sempre
superior a vida, refaz a totalidade do espaço como seu próprio
cenário”.
Nossos “trabalhos” em total estado de alienação não são nada mais que
escravidão. Nossas contas bancárias, nossos bens, nossa submissão as
elites e ao topo da pirâmide social. Nossa omissão diante de leis
injustas, nossa aceitação da mentira em cada mínimo detalhe que faz de
nós meros “contribuintes” pagantes de um espetáculo macabro chamado
“sociedade” do qual muitos poucos se beneficiam e a grande maioria se
prejudica. Nossa aceitação silenciosa ao sermos domados, forçados,
pressionados a aceitar o que querem que aceitemos. Nossa escravidão
sensitiva na busca de “coisas” desnecessárias com as quais poderíamos
viver perfeitamente sem, mas nos convenceram ser as coisas mais
importantes que devemos buscar.
Esses sistemas numéricos que
nos encarceram em uma realidade material que vai desde a engenharia
civil até as contas bancárias propriamente ditas e nossa adoração ao
mesmo, nos matam em vida.
Vivemos totalmente desconectados de nós mesmos. Nos permitimos e
aceitamos que não pode haver realidade sem rotina, de que não pode haver
harmonia sem servidão e sofrimento. De que não pode haver justiça sem
intelecto e por isso tão poucos governam. Por isso tão poucos são
juízes, por isso a tecnologia nos escraviza e aliena ao invés de nos
formar e libertar.
Não importa quanto dinheiro você tem guardado no banco. Não importa
quantos bens de consumo duráveis você tenha em seu nome. Não importa
quanto sua consciência está limpa por não “matar” não “roubar” e
respeitas as “leis”. Você é um escravo.
E toda a realidade que ocupa sua mente através de números que formam
quantias, datas, prazos, valores, horas, tempo e espaço está desenhada
para que você jamais perceba a Verdade de que é apenas um escravo, sem a
menor idéia ou curiosidade a respeito da Verdade, por que te ensinaram e programaram para “crer” que ela é uma “utopía”, uma “filosofía”, quando em Verdade é um plano de exisência material habitável.
Enquanto não nos libertarmos de nossos medos de existir sem “ter”.
Enquanto não somos capazes de abrir mão do silêncio e da covardia por
medo de “morrer”. Enquanto nos limitarmos a uma participação social de
expectativas e críticas e mais que tudo, respeito submisso humilhante ao
Status Quo formado por riqueza e pobreza, “mocinho e bandido”, Legal e
Ilegal, Aprovado e “Proibído”, seremos escravos e teremos nossas mentes
sendo dirigidas por outros que não nós mesmos.
A desapropriação do homen de suas essências e de sua própria vida para a
servidão moderna criada por um sistema de empresas e corporações é a
maior violação a Verdade do Homem e aos recursos naturais de nosso
planeta.
As corporações que controlam e
comandam o planeta terra são MENTIRAS que temos que deixar de alimentar e
nutrir, seja através dos “empregos” e “oportunidades” por elas
oferecidas, seja através do consumo de seus produtos. 
Se nós nos desconectarmos do
controle deles, não vamos “morrer de fome” ou “padecer em profundo
sofrimento”. Isso não quer dizer que tenhamos de “voltar a idade da
pedra” para sermos Livres. 
Muito pelo contrário, temos de Evoluir fazendo com que essas estruturas
compreendam que sem os consumidores não podem nada e através dessa
consciência fazer com que elas trabalhem para nós e não nós nos
escravizemos por elas.
Ser um consumidor consciente, saber
exatamente o que você está usando, comendo, comprando, pensando,
desejando. Saber de onde vem seus desejos e quem coloca eles dentro de
você. Trocar a atividade passiva da televisão pela atividade da leitura
sobre variados temas. Acreditar na própria capacidade de gerar
diferentes formas de riqueza e auxílio a outras pessoas. Confiar na
existência de inteligências superiores que te guiam e te protegem e mais
que tudo buscar contacto com elas, perceber os planos de conscência e
não permitir que uma única realidade rotineira e repetitiva te acelere.
Preservar o corpo humano de destruições desnecessárias seja através da
alimentação ou de conceitos de diversão pré fabricados.
Tudo isso é um caminho para a Liberdade que
faz com que a pessoa que o escolhe trilhar, opere seus próprios
milagres, ao invés de contar sempre com as possibilidades previsíveis.
O maior medo dos
controladores do planeta terra é que despertemos, que tomemos
consciência de nós mesmos e nos recordemos quem realmente somos. Por
isso temos esses documentos com nomes escritos em letras maiúsculas,
esses diplomas que nos outorgam profissões, esses papéis timbrados,
essas cédulas repetidas, esses bens desnecessários. Para que coexistamos
no mais profundo engano, sustentando a mais perfeita mentira que dia a
dia nos aniquila em segredo e em silência para que uma ínfíma minoria de
seres, se beneficiem de nosso tempo, trabalho e energia.
O documentário “Da Servidão Moderna” que apresento no post de hoje, de
maneira muito melhor que minha escrita, nos explica de forma profunda e
filosófica recheada de realidade e  Verdade o caminho que nos temos
permitido tomar. O documentário foi feito em 2009, escrito na Jamaica e
finalizado na Colômbia. Seu objetivo e missão é por em dia a condição de
“Escravos Modernos” em que vivemos reféns de um sistema mercantil e
evidenciar as formas de “mistificação” que ocultam essa nossa real
condição de subalternos e serventes.
                                   
Os desenhos e ilustrações postados hoje são em grande maioria do Artista e Visionário Neil Hague.
Que Deus Abençoe a Todos e nos Permita romper de uma vez por todas com as estruturas dominantes.

Autor: Ruy Mendes 
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