Um respeitado erudito israelense e professor da Universidade Hebraica tem defendido uma tese intrigante e convincente, que oferece uma noção claramente judaica sobre o que esperar do Messias.
Além de morrer como um “servo sofredor” como uma expiação pelos pecados e a redenção de Israel, ele deveria ressuscitar dos mortos no terceiro dia.
Além de seus muitos anos de pesquisa sobre a Tanach [Antigo Testamento], o Dr. IsraeDe fato, não existe nenhuma passagem do Antigo Testamento que diga explicitamente isso. O caso foi levantado pela primeira vez quase 10 anos atrás, em um artigo no New York Times sendo mais recentemente retomado pelo periódico Biblical Archeology Review.
O registro em questão é uma pedra com cerca de um metro, contendo 87 linhas de uma forma de hebraico que os estudiosos acreditam ser de décadas antes do nascimento de Jesus.
O material causou agitação nos círculos bíblicos e arqueológicos, porque se trata do único registo falando sobre um messias que iria ressuscitar dos mortos após três dias. Se fosse aceita pela comunidade rabínica, essa descrição messiânica forçaria uma reavaliação sobre as visões populares e acadêmicas de Jesus.
Afinal, sugere que a história da morte e ressurreição de Jesus estaria dentro do contexto de uma tradição judaica reconhecida nos dias em que viveu.
A peça tem peculiaridades, sendo um raro exemplo de uma pedra escrita com tinta e não entalhada. Em essência, ela é considerada um pergaminho do Mar Morto, embora seja de outro material, a exemplo dos rolos feitos de cobre.
Segundo os eruditos, ela é conhecida como “Revelação de Gabriel” porque uma antiga tradição aponta que o anjo Gabriel teria transmitido a instrução de Deus sobre o assunto.
A peça arqueológica faz parte de uma coleção particular, do suíço David Jeselsohn e não tem o reconhecimento da Autoridade de Antiguidades de Israel.
O Dr. Knohl já publicou um livro sobre o assunto chamado “O Messias Antes de Jesus: O Servo Sofredor nos Pergaminhos do Mar Morto”.
No livro, ele explica as várias teorias judaicas sobre o Messias, incluindo a ideia de um “Messias filho de Davi”, que seria um rei reinante na terra como Davi e um “Messias filho de José” que seria rejeitado por seus irmãos, maltratado, deixado para morrer, mas reapareceria para salvar não só a nação de Israel, mas todo o mundo como José fez no livro do Gênesis.
Como base de seu argumento para os cristãos, Knohl usa o texto de I Coríntios 15:3-4, que diz: “[Cristo] morreu pelos nossos pecados segundo as Escrituras, e que Ele foi sepultado, e que ressuscitou no terceiro dia segundo as Escrituras”. Também aponta para profecias descritas em Isaías 53, em Daniel 9: 26 e o Salmo 22.l Knohl mais recentemente analisou evidências arqueológicas que incluíam um rolo do Mar Morto que não fora anteriormente estudado. Sua conclusão é que a ideia do Messias ressuscitar no terceiro dia não é um conceito cristão, como muitos rabinos afirmam.
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