Desde que o presidente Michel Temer assumiu o cargo, em abril de 2016, várias medidas foram tomadas pelo seu governo que se distanciavam da política praticada durante os 13 anos que tivemos o Partido dos Trabalhadores no comendo do país.
Contudo, a postura contra Israel da chancelaria continua a pleno vapor, ainda que isso não seja tratado abertamente. Nas últimas votações nas Nações Unidas, a opção foi ficar ao lado dos países muçulmanos que usaram a UNESCO para passar uma resolução negando a ligação histórica do Monte do Templo com Israel. A moção foi apresentada por países árabes que apoiam a causa palestina, incluindo Egito, Marrocos, Argélia, Líbano, Omã, Catar e Sudão.
A resolução votada em outubro de 2016, associa somente nomes muçulmanos aos locais sagrados da Cidade Antiga. Vinte e quatro países-membros assinaram o documento, incluindo o Brasil. A decisão do Brasil foi votar favoravelmente à resolução, mesmo considerando o texto “inadequado”.
Recentemente, o novo ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, recebeu lideranças evangélicas, os quais solicitaram a que o Brasil busque “mais equilíbrio e imparcialidade” nas votações.
A nova reunião da UNESCO está marcada para o dia 2 de maio, em Genebra. Segundo o governo de Israel, em documento divulgado nesta sexta-feira (28), “O comitê executivo da UNESCO deve votar outra decisão política, declarando como ilegal tudo o que Israel realiza em Jerusalém, com referência a todas as decisões passadas, como aquelas que negam a conexão entre o povo judeu e Jerusalém”.
O estado judeu está comemorando dia 24 de maio a reunificação de Jerusalém, cuja porção Oriental era dominada pela Jordânia. Após a Guerra de 1967, toda a cidade voltou para o controle de Israel, com exceção do Monte do Templo.
Negação das Escrituras
A pastora Jane Silva, presidente da Comunidade Internacional Brasil e Israel pede mobilização de cristãos brasileiros em oração. Ela afirma que o Brasil novamente votará contra Israel, algo que traz maldição sobre o país. Citando Gênesis 12:3, ela lembra que a promessa de Deus continua válida. O texto diz: “Abençoarei os que te abençoarem, amaldiçoarei aquele que te amaldiçoar”.
“O que mais me preocupa como conhecedora e praticante da Palavra de Deus, é o Brasil estar indo na contramão das Santas Escrituras”, sublinha. Em carta aberta, divulgada por ela esta semana, a pastora diz que se o Brasil se alia aos muçulmanos para negar a existência do templo, está negando todo o Evangelho. “Se não havia um Templo judaico no local, como Jesus o visitou e até pregou nele?”, questiona.
Para a pastora, “surpreendentemente, o Brasil, um dos maiores países cristãos do mundo, desde 2012 tem votado consistentemente a favor desta resolução absurda”.
Bancada Evangélica se posiciona
Em nota oficial, a Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional já se manifestou no sentido de “apoiar o povo e o governo do Estado de Israel”. O documento, assinado pelo atual presidente Hidekazu Takayama (PSC/PR), afirma: “Sabemos do legado do Estado israelita para o mundo, e entendemos a relevante contribuição para a humanidade. Por estas razões, não podemos concordar com medidas da Unesco ou de qualquer outro agente nacional ou internacional que prejudiquem o Estado de Israel e seu povo”.
Contudo, como bloco, a bancada não tem tomado iniciativas na Câmara que confrontem a postura da chancelaria brasileira sobre esse tema.
Carta aberta
Eis a íntegra da carta aberta à Igreja, divulgada pela pastora Jane Silva:
“A ONU, a Unesco e seus apoiadores deveriam se envergonhar!
Esta votação da Unesco, ironicamente ou de propósito, será conduzida no dia que Israel lembra os que morreram em todas as guerras e em ataques terroristas, o Yom Hazikaron (Dia da Lembrança) e na véspera de Yom Hatzmaut (Dia da Independência) de Israel. É como se fosse um tapa na cara do povo judeu dada pelo mundo dizendo, podem comemorar o que quiserem mas nós, a comunidade internacional não reconhecemos seu direito de existir independentemente, de autodeterminação e soberania em sua terra ancestral.
Unesco votará nesta terça-feira dia 2 de maio mais uma vez sobre a Cidade Santa Jerusalém. Devido ao estardalhaço que ocorreu na votação desta mesma resolução em dezembro, a UNESCO resolveu inserir nela desta vez apenas uma frase dizendo que a cidade velha de Jerusalém é sagrada para as três grandes religiões.
Mas isto é um mecanismo usado para enganar os que não leram a resolução em sua totalidade. Ela pode ser lida em inglês aqui.
Na verdade, a resolução se refere ao Monte do Templo com o nome islâmico Haram al-Sharif e ao Muro das Lamentações como a Plaza de Buraq (cavalo do profeta Maomé). Eles colocam o termo “muro das lamentações” entre aspas como se para fazer uma referência passageira. Podemos ler o voto no parágrafo 16, no entanto, ele diz que REITERA AS DECISÕES PASSADAS. Aí está a pegadinha.
Assim, mesmo se houve a inserção da insípida frase de Jerusalém ser sagrada para as três religiões no texto, o voto torna esta frase inoperante.
Há um esforço dos palestinos e países árabes para reescrever a história negando que houve um templo judaico no local para deslegitimar a presença judaica no Oriente Médio.
Assim o fazendo, no entanto, eles também estão negando todo o Evangelho. Se não houve um Templo judaico no local, Jesus não se dirigiu a ele, não pregou nele, não foi crucificado e não ressuscitou.
E surpreendentemente, o Brasil, um dos maiores países cristãos do mundo, desde 2012 tem votado consistentemente a favor desta resolução absurda!
Pela minha investigação nos bastidores da ONU nesta semana, o Brasil irá novamente votar a favor desta resolução e contra Israel.
O que mais me preocupa como conhecedora e praticante da Palavra de Deus, é exatamente o Brasil estar indo na contramão das Santas escrituras.
Abençoarei os que te abençoarem, amaldiçoarei aquele que te amaldiçoar. Gênesis 12:3a
Pastora Jane Silva”.
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