Sacrifício humano ainda é algo comum em partes da África
Todos os anos, centenas de crianças são sequestradas e assassinadas por causa de tradições religiosas em Uganda, África. Lá, bem como outras partes do continente, os rituais de sacrifício humano continuam acontecendo e deram origem a um mercado lucrativo.
O pastor evangélico Peter Sewakiryanga decidiu combater essa prática atroz. Ele se juntou a políticos e policiais na tentativa de acabar com os sacrifícios e prender os responsáveis.
Seguindo tradições locais, os feiticeiros ensinam que quando alguém sequestra uma criança, acaba obtendo riquezas e proteção, explica Peter. Ele criou o Ministério Kyampisi de Cuidado Infantil, uma organização cujo objetivo é acabar com o sacrifício de crianças em Uganda. Ele descreve o ritual brutal praticado pelos feiticeiros.
“Quando eles pegam uma criança, na maioria das vezes cortam seu pescoço, drenam todo o sangue, tiram partes da pele, cortam a genitália ou outras partes do corpo que, segundo eles, são pedidos dos espíritos”, detalha.
O líder cristão diz que esse problema está aumentando e muitas crianças são mortas. “Existem poucos casos de sobreviventes, pois a maioria acaba morrendo”, contou.
Segundo o detetive Emmanuel Mafundo, que investigou alguns desses casos, há empresários que encomendam sequestros e sacrifícios para terem “sorte” nos seus negócios. Em um caso recente, um homem confessou ter pago U$ 1,400 pela morte de um menino de três anos, filho de seus vizinhos.
O problema dos sequestro e morte de crianças em rituais de bruxaria é algo real e preocupante. O governo criou uma força-tarefa específica para combater tanto o sacrifício infantil quanto o tráfico humano.
Mike Chibita ocupa o cargo mais importante da polícia da Uganda. Parte da força-tarefa, ele disse que a superstição e a ideia que isso os fará rico rapidamente ajudam a disseminação do sacrifício infantil em seu país.
Sobreviventes agradecem a Deus
A CBN ouviu os testemunhos de três jovens que conseguiram escapar desses sacrifícios com vida. Kanani Nankunda, George Mukisa e Allan Ssembatya sobreviveram, mas carregarão para sempre as cicatrizes físicas e emocionais do que lhes aconteceu.
Kanani e sua irmã de sete anos foram sequestrados alguns anos atrás enquanto brincavam numa área afastada. Ele tem uma cicatriz com mais de 20 centímetros na parte traseira do pescoço. Ela indica onde um feiticeiro o cortou para tentar drenar seu sangue.
Sua irmã foi decapitada durante o ritual de sacrifício.
Enquanto voltava para casa após a escola, Allan Ssembatya foi sequestrado por dois homens. Eles lhe deram uma facada no pescoço, fizeram um corte na sua cabeça e o castraram. O menino ficou em coma por dois meses, após ter sido milagrosamente resgatado.
A mãe de George Mukisa o encontrou deitado, em meio a uma poça de sangue, após um homem tê-lo castrado com uma faca cega.
Os três meninos hoje estão sob os cuidados do pastor Peter, sendo atendidos pelo ministério Kyampisi, única organização do país que oferece ajuda médica e financeira a longo prazo a sobreviventes de rituais de sacrifício infantil.
“Deus está nos ajudando de muitas maneiras diferentes”, diz Ssembatya. “Quando pensamos no que aconteceu conosco, apenas oramos e pedimos a Deus que isso nunca mais aconteça com ninguém”.
A luta do pastor é para a aprovação de leis específicas, que punam quem colabora de alguma forma com o sacrifício de crianças. Para isso, ele está recebendo o apoio da congressista Komuhangi Margaret. Contudo, o progresso ainda é pouco e o processo demorado.
Campanha do pastor Peter:
Campanha do pastor Peter:
via. noticiasgospelprime.com.br
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